A Influência do Controle Social Informal na Construção do Indivíduo e da Sociedade
Desde o momento da concepção, os seres humanos estão sujeitos a influências externas que moldam seu desenvolvimento e futuro. Alguns sequer chegam a nascer, dependendo do controle social imposto sobre a gestação, enquanto outros recebem, desde o ventre, estímulos que influenciarão suas escolhas futuras. Inevitavelmente, o controle social formal e informal exerce influência direta sobre todos, antes mesmo do nascimento.
Cada indivíduo que chega ao mundo é único e se constrói para uma vida pessoal e interpessoal de acordo com suas próprias percepções, a partir do meio social ao qual pertence e das influências de outros mais distantes. Para que a humanidade possa viver em sociedade, é necessário respeitar regras, sejam elas advindas do controle social formal ou informal. Essas formas de controle são inevitáveis e necessárias para o desenvolvimento humano.
O controle social informal desempenha um papel preponderante para evitar o caos social, buscando harmonizar as relações e evitar conflitos. Instrumentos como a família, os clubes de serviço, a igreja, a escola, a profissão, as instituições em geral e a opinião pública são meios de controle social informal. Esse tipo de controle está relacionado à internalização de valores e normas decorrentes do processo de socialização, que delimita os comportamentos aceitáveis pela normalidade do grupo.
Dentre os controles informais, destacam-se três: a família, por ser a base da sociedade; a religião, por propor mudanças; e a opinião pública, por seu papel de representar a opinião das pessoas que compõem a sociedade. No entanto, é importante ressaltar que a influência de uma família mal dirigida pode ser desastrosa para toda a sociedade, o extremismo religioso pode emergir como uma problemática social e política, e a opinião pública, quando eivada pelo populismo midiático e político, pode não representar os interesses sociais e conduzir os movimentos sociais para os extremos.
Apesar da importância do controle social informal, ele não possui poder coercitivo estatal. Quando o controle informal não é suficiente para normalizar as relações da sociedade, o controle social formal é acionado. Vale destacar que o controle social formal, de certa forma, é a normatização de controles anteriormente informais que, se fossem respeitados e seguidos como externalização do caráter, não precisariam se tornar normas jurídicas.
Cada indivíduo é único e, à medida que cresce, passa pelo processo de socialização, no qual alguns comportamentos são recompensados e outros são punidos, todos regulados por diretrizes socialmente impostas. Diante dessas regras, normatizadas ou não, escolhemos ser quem somos.