Barroso alerta: STF sob ataque do populismo autoritário
Em uma entrevista exclusiva à CNN Brasil, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, fez um alerta contundente sobre as ameaças enfrentadas pela Corte diante do avanço do populismo autoritário no país. Segundo Barroso, o STF tem sido alvo de ataques sistemáticos por parte de grupos que buscam enfraquecer a democracia e o estado de direito.
Barroso ressaltou que o populismo autoritário se caracteriza por um discurso demagógico, que explora o medo e a insatisfação da população para minar a credibilidade das instituições. “Esses grupos se aproveitam das redes sociais para disseminar notícias falsas e atacar o STF, apresentando-o como um obstáculo aos interesses do povo”, afirmou o ministro.
Um dos principais desafios apontados por Barroso é o crescente questionamento das decisões do Supremo, muitas vezes acompanhado de ameaças e intimidações aos ministros. “É preocupante ver líderes políticos e até mesmo autoridades públicas incentivando esse tipo de comportamento, colocando em xeque a legitimidade do STF como guardião da Constituição”, declarou.
O ministro também destacou a importância do STF como um pilar fundamental da democracia brasileira, responsável por garantir o equilíbrio entre os poderes e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos. “Sem um Judiciário independente e atuante, estamos vulneráveis ao arbítrio e ao abuso de poder”, ressaltou Barroso.
Diante desse cenário desafiador, Barroso defendeu a necessidade de uma ampla mobilização da sociedade em defesa do estado democrático de direito. “É preciso que todos os setores comprometidos com a democracia – imprensa, sociedade civil, entidades de classe – se unam para repudiar os ataques ao STF e fortalecer nossas instituições”, conclamou o ministro.
A entrevista de Barroso à CNN Brasil traz à tona um debate crucial sobre os rumos da democracia no país. Em um momento de polarização política e acirramento dos discursos extremistas, a defesa intransigente do Supremo Tribunal Federal e dos valores democráticos se torna mais urgente do que nunca. Afinal, como bem lembrou o ministro, “sem o STF, não há democracia”.
Fonte: CNN Brasil