Lista de Cartéis de Drogas: Grupos Terroristas nos EUA

Lista de Cartéis de Drogas: Grupos Terroristas nos EUA

Os EUA estão considerando classificar cartéis de drogas, como os de Sinaloa e Clã do Golfo, como grupos terroristas devido ao seu impacto na segurança nacional e na economia, facilitando o tráfico de drogas e migrantes, o que gera lucros bilionários. Essa designação permitirá a imposição de sanções para desmantelar suas operações e neutralizar suas ameaças ao Hemisfério Ocidental.

A administração Trump está se preparando para classificar potentemente os cartéis de drogas da América Latina como grupos terroristas.

Com oito grupos na mira, essas medidas visam uma ofensiva ampla, reafirmando a segurança americana. O decreto recente de janeiro destaca esses cartéis como ameaça de segurança nacional, prometendo a eliminação completa deles.

Tráfico de migrantes

O tráfico de migrantes é uma questão crítica que intersecta com os interesses dos cartéis de drogas. Especialmente visível na América Latina, muitos cartéis diversificaram suas operações para incluir a facilitação da migração ilegal como uma forma de compensar as perdas em outras áreas, como o tráfico de drogas.

O Clã do Golfo é um exemplo notável desse fenômeno. Tradicionalmente envolvido no tráfico de cocaína, este cartel colombiano tem intensificado seu envolvimento no tráfico de migrantes após a queda dos preços da droga. Ao controlar regiões estratégicas como o Darién, onde o continente sul-americano se conecta com a América do Norte, o Clã do Golfo facilita a entrada de migrantes rumo aos Estados Unidos.

Além disso, grupos como o Trem de Arágua e gangues como Las Maras Salvatrucha também participam desse lucrativo mercado negro, explorando a vulnerabilidade de migrantes que procuram melhores oportunidades no norte. Esses migrantes frequentemente começam sua jornada em países mais permissivos da América do Sul antes de se aventurarem pelo periloso caminho através do Darién.

As estratégias de assistência e controle fronteiriço desenvolvidas pelo governo americano buscam minimizar o impacto dos cartéis no tráfico de migrantes. Classificar esses cartéis como terroristas visa enfraquecer suas operações financeiras e limitar a capacidade logística de tais grupos.

Ameaça à segurança nacional

A questão dos cartéis de drogas da América Latina não se limita apenas ao tráfico de substâncias ilícitas. Essas organizações criminosas são vistas como uma ameaça significativa à segurança nacional dos Estados Unidos, dadas as suas extensas redes que abrangem o Hemisfério Ocidental. Ao dominar o comércio de drogas como cocaína e fentanil, os cartéis impactam diretamente a sociedade americana, resultando em graves crises de saúde pública e segurança.

As operações desses cartéis não só desafiam a soberania dos Estados Unidos, como também comprometem a estabilidade no México e em outros países latinos onde a influência dos cartéis é palpável. Em algumas regiões do México, os cartéis se tornaram a força primária de poder, superando a autoridade estatal e facilitando o contrabando de drogas como fentanil, um opioide sintético altamente perigoso que causa inúmeras mortes por overdose nos Estados Unidos.

A administração Trump, ao designar esses cartéis como grupos terroristas, busca neutralizar essa ameaça multifacetada, impondo sanções econômicas severas que pretendem limitar seus recursos financeiros e logísticos. A meta é desmantelar suas operações transnacionais, reduzindo a facilidade com que estes grupos conduzem suas atividades ilícitas.

Lucros bilionários

O domínio dos cartéis de drogas se estende para além do tráfico de entorpecentes—eles representam verdadeiros impérios econômicos que geram lucros bilionários. Estima-se que as operações internacionais dos cartéis mexicanos movimentem aproximadamente US$ 20 bilhões por ano. Esse montante equivalente a quase 2% do PIB do México evidencia a amplitude e a influência financeira dessas organizações.

Os cartéis como o Cartel de Sinaloa e o Cartel Jalisco Nova Geração não apenas produzem e distribuem drogas, mas também definem preços globais de substâncias ilícitas em mercados como o de Nova York e Londres. Isso reforça seu status como potências econômicas no submundo do crime organizado, capazes de afetar os rumos das economias locais e globais.

Além disso, grande parte deste lucro é reinvestido em atividades que ampliam seu poder territorial e capacidade de operação, incluindo a compra de armas e a corrupção de autoridades locais. Essa capacidade financeira permite que os cartéis permaneçam um passo à frente das forças de segurança e governos, consolidando seu status como uma ameaça persistente à segurança regional e global.

FAQ – Perguntas frequentes sobre o impacto dos cartéis de drogas

Como os cartéis de drogas afetam a segurança nacional dos EUA?

Os cartéis ameaçam a segurança com tráfico de drogas, violência e facilitando a migração ilegal, impactando a saúde pública e a estabilidade social.

Quais cartéis estão envolvidos no tráfico de migrantes?

Cartéis como o Clã do Golfo e o Trem de Arágua estão envolvidos no tráfico de migrantes, utilizando rotas entre a América do Sul e do Norte.

Qual a relação entre cartéis de drogas e fentanil?

Cartéis mexicanos, como o Cartel de Sinaloa, produzem fentanil no México e o traficam para os EUA, agravando a crise de opioides.

Por que os cartéis são considerados ameaças econômicas?

Com operações lucrativas de até US$ 20 bilhões anuais, cartéis como o de Sinaloa influenciam mercados ilícitos internacionais.

Que medidas os EUA estão tomando contra os cartéis?

Os EUA buscam designar cartéis como grupos terroristas para impor sanções e desmantelar suas operações logísticas e financeiras.

Quais são as principais organizações nominadas como terroristas?

Cartéis significativos como o Clã do Golfo, Trem de Arágua, Cartel de Sinaloa e Jalisco Nova Geração estão na lista dos EUA.

Fonte: https://exame.com/mundo/eua-elabora-lista-de-carteis-de-drogas-que-devem-ser-rotulados-como-grupos-terroristas/