Nova Denúncia Contra Pediatra Acusado de Estupro na Paraíba
O pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos, está foragido após novas acusações de estupro de menores na Paraíba. O Ministério Público pediu sua prisão preventiva e a proibição de exercer a medicina, além de indenização de 400 salários mínimos por vítima. A Justiça negou a prisão domiciliar, destacando a gravidade dos crimes e o risco de novas infrações.
O pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, de 81 anos, enfrenta mais uma denúncia de estupro apresentada pelo Ministério Público da Paraíba. Ele é acusado de abusar de duas crianças, suas pacientes, e novas revelações indicam que essa conduta vinha sendo praticada há décadas.
Requerimentos do MP
Nos novos requerimentos do Ministério Público (MP), destaca-se a prisão preventiva do pediatra Fernando Paredes Cunha Lima. O MP enfatiza a necessidade de proteger as crianças envolvidas no caso e evitar que novos crimes ocorram. Além disso, o promotor Bruno Leonardo Lins solicitou a proibição do exercício profissional para impedir que o médico volte a atuar.
Outro ponto crucial é a reparação dos danos causados às vítimas. O MP requer que o valor das indenizações, tanto materiais quanto morais, seja fixado em 400 salários mínimos por vítima. Isso visa garantir suporte financeiro às famílias para cobertura de despesas com tratamentos médicos e psicológicos, além de compensar o sofrimento imposto pelos atos criminosos.
Para evitar a revitimização das crianças, o MP sugere o uso de testemunhos e depoimentos já coletados, evitando que as vítimas tenham que reviver o trauma em novas audiências. Também foi solicitado à Justiça que averigue possíveis processos administrativos em curso contra o médico no Conselho Regional de Medicina, reforçando o cerco jurídico contra ele.
Médico está foragido
O médico pediatra Fernando Cunha Lima está foragido desde novembro, após a Polícia Civil não conseguir efetuar a captura quando tentaram prendê-lo em sua residência. Em meio à busca, foram apreendidos materiais do consultório do acusado, que podem ser cruciais para as investigações em curso. Este detalhe ressalta a gravidade da situação e a determinação das autoridades em resolver o caso.
A Justiça autorizou a quebra do sigilo telemático de Cunha Lima para aprofundar a obtenção de provas, buscando reconstruir o rastro de seus crimes. Além disso, o pedido do MP pela prisão preventiva do médico foi ratificado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, reforçando a urgência em tirá-lo de circulação devido à severidade das acusações e ao potencial perigo representado por ele.
Mesmo com seus 81 anos, a possibilidade de prisão permaneceu, evidenciando que a idade não atenuou os riscos vinculados à sua liberdade. Seu nome agora figura na lista de procurados, o que intensifica o esforço policial em capturá-lo e evitar futuros delitos.
Prisão domiciliar negada
Em resposta ao pedido da defesa do pediatra Fernando Cunha Lima, a Justiça da Paraíba recusou a concessão de prisão domiciliar, mantendo firme a decisão pela custódia regular do acusado.
Essa posição foi fundamentada pela juíza Shirley Abrantes Moreira Regis, que enfatizou a necessidade de preservar a ordem pública e garantir a continuidade das investigações sem interferências.
É importante destacar que, previamente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia apoiado a manutenção da prisão preventiva, reforçando a gravidade dos crimes imputados ao médico.
O entendimento é claro: a liberdade do acusado representa uma ameaça ao processo e à segurança pública, dadas as acusações de estupros reiterados.
A insistência em mantê-lo sob custódia se baseia no risco que sua soltura traria, especialmente considerando as múltiplas denúncias de abuso contra crianças vulneráveis.
Portanto, o sistema judicial permanece resoluto em garantir que seus direitos sejam respeitados sem comprometer a justiça aplicada às vítimas.
FAQ – Perguntas frequentes sobre o caso do pediatra acusado de estupro na Paraíba
Qual é a principal acusação contra o pediatra?
Ele é acusado de estuprar pacientes crianças em seu consultório na Paraíba.
Qual a posição do Ministério Público sobre o caso?
O MP apresentou uma nova denúncia, pedindo prisão preventiva e proibição do exercício da profissão.
O médico está atualmente detido?
Não, ele está foragido desde novembro após não ser encontrado pela polícia em sua residência.
O que foi solicitado pelo MP em termos de reparação?
O MP pede indenização de 400 salários mínimos por vítima para cobrir danos materiais e morais.
Por que a prisão domiciliar foi negada?
A Justiça da Paraíba negou devido à preservação da ordem pública e segurança das investigações.
Qual a gravidade dos crimes segundo a Justiça?
Os crimes são considerados graves o suficiente para justificar a prisão preventiva do acusado, apesar de sua idade.