PF Investiga Influenciadores e Importação Ilegal de Produtos
A Polícia Federal e a Receita Federal realizaram uma operação contra uma organização criminosa que importava eletrônicos ilegalmente no Brasil, visando influenciadores digitais que promoviam práticas de descaminho. A operação mobilizou mais de 300 policiais e resultou em 76 mandados de busca em estados como Goiás e Amazonas, além de revelar o uso de criptomoedas para transações ilegais.
A importação ilegal de produtos virou alvo da PF e Receita Federal em uma operação massiva.
Nesta quinta-feira, influenciadores digitais foram pegos na mira das autoridades. Organizações criminosas que atuam na importação clandestina vêm utilizando plataformas online para ensinar táticas ilegais.
Operação contra crimes de descaminho
Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Federal e a Receita Federal do Brasil deflagraram uma operação sem precedentes contra crimes de descaminho. O foco principal são influenciadores digitais que têm utilizado suas plataformas para ensinar técnicas de importação ilegal.
A operação contou com a participação de cerca de 300 policiais federais e 133 servidores da Receita Federal. Os agentes cumpriram 76 mandados de busca e apreensão além do sequestro de veículos em diferentes estados: Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Amazonas.
Esses mandados resultaram em apreensões significativas e marcam um desdobramento crucial da Operação Mobile, lançada anteriormente neste ano. A operação inicial já havia capturado transportadores de mercadorias eletrônicas sem pagamento de tributos, destacando um cenário de crime organizado.
Em fases anteriores, as forças de segurança já apreenderam produtos no valor de aproximadamente R$ 10 milhões, sublinhando a escala e o impacto financeiro dessa atividade ilegal. As investigações continuam, buscando desmantelar o esquema de importação clandestina e proteger a arrecadação de tributos no país.
Organização criminosa e influenciadores digitais
A operação revelou a existência de uma organização criminosa altamente estruturada e dedicada à importação ilegal de eletrônicos. Essa organização não só atua na entrada irregular de mercadorias, mas também no transporte, armazenamento e venda em grandes centros urbanos, como Goiânia, Anápolis, Palmas, Manaus e Confresa.
O uso de tecnologia de criptomoedas demonstrou ser uma ferramenta fundamental para essa organização, permitindo movimentações financeiras elevadas sem levantar suspeitas imediatas. A lavagem de dinheiro é um elemento crucial do esquema, conforme relatado pela Polícia Federal.
Surpreendentemente, influenciadores digitais desempenham um papel central nesse esquema, utilizando suas plataformas para ensinar seguidores a importar produtos ilegalmente e evitar a detecção por autoridades. Esses ‘coaches’ autointitulados, disfarçados como especialistas, ostentam um estilo de vida luxuoso online, financiado pelas atividades ilícitas.
A atuação dos influenciadores dá uma face moderna ao crime de descaminho, transformando as redes sociais em um veículo de incitação ao crime. A Polícia Federal aponta que esses indivíduos justificam suas ações como cursos sobre importação, mas, na realidade, fornecem um manual para burlar o pagamento de impostos.
FAQ – Operação e Influenciadores na Importação Ilegal
O que motivou a operação contra os crimes de descaminho?
A operação foi motivada pela descoberta de uma organização criminosa envolvida na importação ilegal de eletrônicos e ações de influenciadores digitais que instruem seguidores a cometerem tais crimes.
Quantos mandados foram emitidos na operação?
Foram emitidos 76 mandados de busca, apreensão e sequestro de veículos em diferentes estados brasileiros.
Quais estados foram alvo da operação?
A operação foi realizada nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Amazonas.
Qual o papel dos influenciadores digitais nesta organização criminosa?
Eles atuam como ‘especialistas’ ensinando ilegalidades relacionadas à importação, usando suas plataformas para incitar seguidores a evitar a fiscalização por autoridades.
Como a organização criminosa utiliza criptomoedas?
A organização usa criptomoedas para facilitar transações financeiras ilegais e lavagem de dinheiro, evitando detecção.
Qual é o valor estimado de tributos sonegados por ano?
Os prejuízos aos cofres públicos podem chegar a R$ 80 milhões ao ano, segundo a Receita Federal.