McDonald’s Reino Unido sob Investigação: 700 Denúncias de Assédio

McDonald's Reino Unido sob Investigação: 700 Denúncias de Assédio

Mais de 700 funcionários do McDonald’s no Reino Unido denunciaram discriminação, incluindo homofobia, racismo e assédio sexual, levando a uma ação coletiva após uma investigação da BBC. O diretor-geral da empresa admitiu falhas na proteção dos empregados e pediu desculpas, enquanto um novo sistema online para denúncias confidenciais foi implementado. Uma audiência legislativa está prevista para discutir possíveis reformas na legislação trabalhista.

No Reino Unido, o McDonald’s está sob investigação devido a uma ação coletiva envolvendo assédio moral. Mais de 700 funcionários denunciaram discriminação relacionada a deficiência, homofobia e racismo. Este cenário traz à tona falhas na proteção dos funcionários do McDonald’s. A história se desenrola após denúncias reveladas pela BBC, onde trabalhadores compartilharam suas experiências dolorosas.

Ação coletiva e falhas de proteção

A investigação que desvelou uma série de denúncias de assédio dentro da rede de fast-food foi iniciada pela BBC em julho de 2023. O levantamento revelou uma série de testemunhos impactantes, colocando em evidência a falta de proteção dada aos trabalhadores do McDonald’s no Reino Unido.

Alistair Macrow, diretor-geral da McDonald’s no Reino Unido e Irlanda, pediu desculpas publicamente, reconhecendo a existência de “falhas claras” na proteção dos funcionários. Essas falhas incluíam, entre outros problemas, um sistema insuficiente para lidar com as reiteradas denúncias de assédio sexual, que, segundo Macrow, aconteciam semanalmente.

Em resposta à gravidade da situação, uma audiência foi marcada no legislativo britânico, sendo parte das discussões contínuas sobre a necessidade de uma reforma na legislação trabalhista. Essa audiência pretende examinar detalhadamente as circunstâncias que permitiram que tais práticas inadequadas persistissem dentro da organização.

Depoimentos revelam discriminação

Os depoimentos dos funcionários do McDonald’s destacam um padrão perturbador de discriminação e assédio por parte de colegas e superiores. Um exemplo claro disso é o relato de um ex-funcionário que, aos 19 anos, foi alvo de comentários homofóbicos frequentes de gerentes e outros membros da equipe. Em vez de apoio, ele recebeu a instrução de que, se não conseguisse lidar com a situação, deveria deixar o trabalho.

Outro caso exposto pela investigação envolveu um funcionário com deficiência mental e um problema ocular, que sofreu assédio constante até ser forçado a abandonar seu emprego. Esses testemunhos não apenas revelam a gravidade dos incidentes, mas também destacam a falta de medidas eficazes para proteger os empregados mais vulneráveis da empresa.

FAQ – Denúncias de Assédio no McDonald’s do Reino Unido

Quantos funcionários fazem parte da ação coletiva contra o McDonald’s no Reino Unido?

Mais de 700 funcionários aderiram à ação coletiva de assédio contra o McDonald’s no Reino Unido.

Quais tipos de discriminação foram relatados pelos funcionários?

Os funcionários relataram discriminação envolvendo homofobia, racismo, assédio sexual e discriminação por deficiência.

Como o diretor-geral do McDonald’s respondeu às denúncias reveladas?

O diretor-geral, Alistair Macrow, pediu desculpas pelas ‘falhas claras’ na proteção de funcionários e reconheceu denúncias semanais de assédio sexual.

Qual foi a motivação por trás da ação coletiva?

A ação coletiva foi motivada por uma investigação da BBC que revelou testemunhos chocantes de assédio e discriminação.

Quais medidas o McDonald’s afirmou tomar em resposta às denúncias?

O McDonald’s destacou a implementação de um sistema online para denúncias confidenciais de assédio e enfatizou ações rápidas contra má conduta.

O que será discutido na audiência legislativa referente ao caso?

A audiência discutirá a reforma da legislação trabalhista para prevenir e tratar casos de assédio e discriminação no trabalho.

Fonte: https://exame.com/carreira/mcdonalds-e-alvo-de-acao-na-justica-do-reino-unido-por-assedio-com-denuncia-de-700-empregados/