Tragédia na escola: criança morre e colega é internado após ingerir veneno de rato

Tragédia na escola criança morre e colega é internado após ingerir veneno de rato

Uma tragédia abalou a comunidade escolar do bairro de Cavalcanti, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ythallo Raphael Tobias Rosa, de apenas 6 anos, morreu na tarde de segunda-feira (30) com suspeita de envenenamento por chumbinho, um popular veneno de rato. Seu colega de escola, Benjamin Rodrigues Ribeiro, foi internado em estado grave após apresentar os mesmos sintomas.

As duas crianças deram entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho em momentos diferentes, mas ambas apresentavam vômito intenso. Foi na unidade de saúde que os familiares descobriram que Ythallo e Benjamin estudavam na mesma escola municipal.

Infelizmente, Ythallo não resistiu e acabou morrendo na UPA. Já Benjamin foi estabilizado e transferido para o Hospital Municipal Miguel Couto, onde permanece internado. O pai do menino, Felipe Rodrigues, relatou que o filho passou mal logo após retornar da escola. “A gente não sabe se ele ingeriu alguma coisa no percurso de ida, volta, se algum amiguinho deu algum lanche para ele, ou se ele comeu alguma coisa na escola”, afirmou.

A Secretaria Municipal de Educação informou que a desinsetização na escola é feita a cada três meses pela Comlurb, utilizando um material específico para roedores, e que a empresa não usa chumbinho. Também foi confirmado que Ythallo não compareceu às aulas na segunda-feira nem na sexta-feira anterior, tendo sido visto brincando de bicicleta na rua após o horário escolar.

O caso está sendo investigado pela 44ª DP (Inhaúma), que já ouviu o depoimento do pai de Benjamin e aguarda os pais de Ythallo prestarem esclarecimentos. A perícia foi acionada para analisar possíveis substâncias tóxicas encontradas no organismo das crianças.

Esse episódio trágico levanta questionamentos sobre a segurança no ambiente escolar e no entorno das instituições de ensino. Especialistas alertam para a necessidade de um controle rigoroso no manuseio e armazenamento de produtos químicos e tóxicos, além da importância de conscientizar as crianças sobre os riscos de ingerir substâncias desconhecidas.

A comunidade escolar de Cavalcanti está consternada e exige respostas das autoridades. Pais e responsáveis cobram uma apuração rigorosa para identificar como as crianças tiveram acesso ao veneno e se houve falhas na vigilância e na manutenção da segurança na escola e nas proximidades.

Ythallo será sepultado na quarta-feira (2), no cemitério de Inhaúma, deixando uma família devastada pela dor e pela perda precoce. A expectativa agora é que as investigações avancem rapidamente para esclarecer as circunstâncias desse caso trágico e evitar que episódios semelhantes voltem a acontecer, protegendo assim a vida e o bem-estar das crianças.

Fonte: G1 Rio de Janeiro