Os ‘kids pretos’ são um grupo de militares de elite detidos em Brasília, acusados de um plano golpista contra o governo brasileiro. Eles estão sob custódia no Batalhão de Polícia do Exército e recebem visitas regulares de advogados e familiares, com direitos a banho de sol e restrições nas vestimentas dos visitantes. Entre os indiciados estão Mario Fernandes e Rodrigo Bezerra Azevedo, enfrentando sérias acusações.
Os ‘kids pretos’, militares indiciados por suposta participação em um golpe, estão recebendo visitas de familiares e advogados desde que foram transferidos para Brasília. Este grupo do Exército, reconhecido por sua elite, encontra-se atualmente sob custódia no Batalhão de Polícia do Exército na capital federal.
Rotina na prisão militar
A rotina dos militares presos no Batalhão de Polícia do Exército segue um protocolo rigoroso, de acordo com as Normas Administrativas para Prisão Especial para militares. Os presos têm direito a um período diário de banho de sol, que preferencialmente ocorre entre 10h e 12h, garantindo momentos de exposição ao ar livre dentro do quartel.
Além disso, são servidas quatro refeições por dia: café da manhã, almoço, jantar e ceia, assegurando uma alimentação balanceada aos custodiados. As visitas ocorrem em dias específicos da semana, normalmente terça, quinta e domingo. No entanto, esses dias podem ser alterados pelo comando do batalhão em casos excepcionais, levando em consideração a segurança e o bem-estar dos envolvidos.
Importante destacar que não são permitidas visitas íntimas, e há restrições quanto à vestimenta dos visitantes. Roupas transparentes, curtas (saias acima dos joelhos, shorts/bermudas acima dos joelhos, tops, croppeds, mini blusas, etc.), blusas com alças ou decotes, e calçados como sandálias ou tênis com plataforma são estritamente proibidos. Essas normas visam manter o respeito e a ordem durante o período de visitas, garantindo um ambiente adequado para todos.
Quem são
Os suspeitos, conhecidos como os “kids pretos“, incluem militares de alta patente envolvidos em um suposto plano golpista. O general da reserva Mario Fernandes é apontado como o estrategista do plano operacional ‘Punhal Verde e Amarelo’, uma audaciosa ação clandestina que visava a eliminação de figuras de destaque do cenário político brasileiro, como o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
De acordo com um relatório da Polícia Federal, Fernandes atuava como um elo crítico entre os líderes das manifestações pró-golpe, concentradas principalmente no Quartel-General do Exército em Brasília, e o governo do então presidente Jair Bolsonaro. Sua função ia além de mera logística; ele era o coordenador dos atos antidemocráticos, operando nas sombras conforme os interesses dos envolvidos.
Os tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima também têm participação direta nesse controverso episódio. Segundo investigações, eles se envolvem na operação clandestina realizada em 15 de dezembro de 2022, com o objetivo de deter e eliminar autoridades governamentais.
O alcance das investigações é extenso, com a indiciamento de 40 pessoas relacionadas ao caso. Entre os citados, os nomes de Jair Bolsonaro e do ex-ministro Braga Netto se destacam, ambos investigados por crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e organização criminosa.
Visitas de advogados e familiares
Desde a transferência para o Batalhão de Polícia do Exército em Brasília, os “kids pretos” indiciados vêm recebendo visitas constantes de familiares e advogados. As regras de custódia militar permitem essas interações, sendo fundamentais para a defesa dos indiciados e para o apoio emocional necessário durante a detenção.
O general Mario Fernandes teve um fluxo significativo de interações, recebendo seus advogados em 11 ocasiões entre 6 e 19 de dezembro. A presença de sua família também foi constante, incluindo visitas de sua esposa, filhos, irmãos e mãe, reforçando o suporte familiar diante da situação complicada em que se encontra.
Por outro lado, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima experimentou cinco encontros com sua equipe jurídica e foi frequentemente visitado por seus três filhos e esposa, mostrando a continuidade de apoio familiar em tempos difíceis.
Já o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo teve apenas uma reunião com seu advogado, realizada no dia 10 de dezembro. Contudo, sua família esteve presente mais assiduamente, com esposa, filha, pai, mãe e irmã revezando-se nas visitas durante o período de 7 a 17 de dezembro.
Essas visitas desempenham um papel crucial, não apenas no aspecto jurídico, mas também em manter uma conexão humana e emocional para os militares durante seu encarceramento. Elas tanto ajudam a planejar a defesa legal como provêm apoio psicológico e moral, essenciais para a sua resiliência em meio às acusações enfrentadas.
FAQ – Visitas e rotina dos ‘kids pretos’
Quem são os ‘kids pretos’?
Os ‘kids pretos’ são militares de elite envolvidos em um plano golpista contra autoridades brasileiras.
Como é a rotina dos presos militares no Batalhão de Polícia do Exército?
Os presos têm direito a banho de sol, quatro refeições diárias e visitas em dias específicos, com restrições de vestimenta.
Quem é Mario Fernandes?
Mario Fernandes é um general da reserva e suposto estrategista do ‘Punhal Verde e Amarelo’, plano contra o governo.
Quais são as restrições para visitantes dos presos?
Visitantes não podem usar roupas inadequadas como peças transparentes, curtas, ou calçados com plataforma.
Qual foi o envolvimento de Rodrigo Bezerra Azevedo?
Rodrigo Bezerra Azevedo foi indiciado por participação em um plano para prender e matar autoridades.
Como ocorrem as visitas de advogados e familiares?
As visitas ocorrem conforme as normas da custódia militar, variando em frequência e conforme permitido pelo batalhão.
