Cinco anos após seu filho, então com 18 anos, ter sido vítima de agressões e abusos sexuais por parte de policiais militares e funcionários da Supervia, uma mãe luta na Justiça para que o estado pague uma indenização. O jovem, hoje com 23 anos, foi diagnosticado com depressão e apresenta sintomas de esquizofrenia desde o episódio traumático.
A família enfrenta dificuldades financeiras e emocionais, com a mãe tendo que deixar o emprego para cuidar do filho em tempo integral. Ela busca na Justiça uma indenização do estado para arcar com os custos dos tratamentos médicos e proporcionar um mínimo de conforto ao jovem.
Em 2019, o rapaz e um amigo, então com 17 anos, foram abordados por dois PMs e dois seguranças da Supervia. Durante a abordagem, foram obrigados a praticar sexo oral um no outro, além de serem espancados. O crime foi filmado e divulgado nas redes sociais, aumentando ainda mais a humilhação sofrida pelas vítimas.
Os envolvidos no crime foram punidos: os seguranças da Supervia foram demitidos e os PMs expulsos da corporação e condenados a penas de 18 e 22 anos de prisão. No entanto, a família ainda aguarda uma indenização do estado.
A Justiça chegou a determinar o pagamento de R$ 300 mil, mas a Procuradoria-Geral do Estado recorreu. Posteriormente, o valor foi reduzido para R$ 60 mil, quantia contestada pela família. O caso segue tramitando nos tribunais.
Enquanto isso, a mãe segue lutando para dar o mínimo de dignidade ao filho, que vive recluso e sob efeito de medicações. Ela sonha com o dia em que a Justiça será feita e ele poderá ter uma vida melhor.
Fonte: G1 – Rio de Janeiro