O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) revelou que o coronel da Polícia Militar Maurício Malheiros, investigado por suspeita de proteger milicianos, era chamado de “pai” pelos criminosos. A operação do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu 37 mandados de busca e apreensão contra 17 policiais militares suspeitos de envolvimento com a milícia.
Segundo as investigações, um dos milicianos chegou a pedir dinheiro a outro criminoso para comprar um presente para Malheiros em seu aniversário. O coronel também teria solicitado aos milicianos que disparassem mensagens elogiando seu trabalho, visando obter apoio político de criminosos na Zona Oeste do Rio.
Durante a operação, um subtenente foi preso em flagrante com duas pistolas de numeração raspada e munição. Na casa de um cabo do 41º BPM (Rocha Miranda), foram apreendidos R$ 67 mil e anotações indicando pagamento de propinas.
Os suspeitos foram denunciados por associação criminosa, corrupção e violação de sigilo funcional. O MPRJ requereu a suspensão dos cargos dos 17 denunciados, bem como a suspensão do porte de arma de fogo funcional e pessoal.
Em nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria Geral está apoiando e colaborando com a operação e que não compactua com desvios de conduta cometidos por seus entes, punindo-os quando identificados e constatados os fatos, podendo resultar na exclusão do policial dos quadros da corporação.
A operação é a segunda fase da Operação Naufrágio e contou com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil.
Fonte G1 – Rio de Janeiro