Pesadelo em apartamento alugado: família descobre câmera oculta no teto do banheiro

Uma descoberta chocante abalou a privacidade de uma família em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Angelica Bitu do Carmo, que vive com o marido e o filho bebê em um apartamento alugado há quatro anos, encontrou uma câmera escondida no teto do banheiro do imóvel.

O equipamento de vigilância foi descoberto por acaso, quando o companheiro de Angelica trocava uma lâmpada no cômodo. O casal ficou estarrecido ao perceber que a câmera estava ligada e com luzes acesas, conectada a uma tomada no teto.

A história ganhou repercussão nas redes sociais após Angelica compartilhar um vídeo no TikTok, que rapidamente ultrapassou 280 mil visualizações. Apesar da notoriedade do caso, a família ainda não tem certeza se o aparelho chegou a gravar imagens íntimas dentro do apartamento.

Em entrevista ao G1, Angelica relatou o sentimento de invasão e exposição ao encontrar a câmera oculta. Ela expressou o medo de que as imagens pudessem ser transmitidas para algum local desconhecido e o desconforto em pensar que alguém poderia estar observando a rotina da família, incluindo momentos íntimos como a troca de fraldas do bebê.

A inquilina entrou em contato com a proprietária do imóvel, que se mostrou chocada com a situação e disposta a ajudar no esclarecimento do caso. Apesar disso, Angelica acredita que a responsabilidade pela instalação do equipamento não recai sobre a dona do apartamento, uma vez que ela é a primeira inquilina fixa desde a aquisição do imóvel.

Especialistas ouvidos pelo G1 apontam que o caso pode ter desdobramentos nas esferas cível e criminal. A violação da privacidade, intimidade e imagem dos moradores é passível de indenização por danos morais. Além disso, a instalação não autorizada de câmeras em ambientes íntimos configura crime previsto no Código Penal, com pena de seis meses a um ano de prisão, além de multa.

A família busca agora os meios legais para responsabilizar os envolvidos nessa grave violação de privacidade e intimidade. O caso serve de alerta para a importância de estar atento a possíveis dispositivos de vigilância ocultos em imóveis alugados e reforça a necessidade de se proteger contra invasões de privacidade.

Fonte: G1 Santos e Região

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