A juíza Andréa Calado da Cruz, responsável por decretar a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima e da influenciadora digital Deolane Bezerra, tem um histórico marcado por decisões polêmicas e questionamentos sobre sua atuação.
Recentemente, a magistrada ganhou destaque ao ordenar a prisão de Deolane Bezerra, no dia 4 de setembro, e de Gusttavo Lima, na última segunda-feira (23). No entanto, essa não é a primeira vez que a juíza se envolve em controvérsias.
Em abril deste ano, Andréa Calado decretou a prisão preventiva do jornalista Ricardo César do Vale Antunes por descumprir uma ordem judicial para remover uma denúncia contra um promotor. O caso chegou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após o Ministério Público denunciar a magistrada por abuso de autoridade. A decisão acabou sendo derrubada por um desembargador em segunda instância.
Outra polêmica envolvendo a juíza ocorreu em 2013, quando ela atuava na vara da Infância e Juventude de Olinda, Pernambuco. Na ocasião, Andréa Calado concedeu a guarda provisória de uma criança a um casal estrangeiro e autorizou a emissão de passaporte para viagem internacional, o que gerou questionamentos e a convocação da magistrada para depor em uma CPI na Câmara dos Deputados sobre tráfico de pessoas.
Além disso, em 2014, a Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) apresentou uma representação contra a juíza junto ao CNJ, acusando-a de manipulação na distribuição de processos criminais e emissão de certidão falsa.
As recentes decisões da juíza Andréa Calado nos casos de Gusttavo Lima e Deolane Bezerra têm chamado a atenção pela fundamentação dura, ressaltando que a riqueza não deve servir como escudo para a impunidade e que a Justiça deve ser cega às condições financeiras dos réus.
Fonte: Migalhas