A Polícia Federal desencadeou, nesta segunda-feira (25), uma das maiores operações já realizadas no combate aos crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes no Brasil. Batizada de “Operação Guardião”, a ação resultou no cumprimento de mais de 100 mandados de busca e apreensão em 18 estados e no Distrito Federal.
A operação, coordenada pela Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor) da PF, contou com a participação de cerca de 500 policiais federais e teve como objetivo desarticular uma grande rede de produção e compartilhamento de material de abuso sexual infantil na internet.
As investigações tiveram início após o compartilhamento de informações entre a PF e autoridades policiais dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. A partir desses dados, foi possível identificar diversos usuários brasileiros que acessavam e compartilhavam material relacionado a abuso sexual de menores em plataformas digitais.
Durante a operação, foram apreendidos computadores, telefones celulares e mídias de armazenamento que serão submetidos a perícia técnica para identificar as vítimas e coletar provas dos crimes praticados. Os suspeitos responderão pelos crimes de produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil, além de estupro de vulnerável, com penas que podem chegar a 25 anos de prisão.
A “Operação Guardião” é mais um exemplo da atuação da Polícia Federal no enfrentamento a crimes graves que atentam contra a dignidade de crianças e adolescentes. A exploração sexual de menores na internet tem crescido de forma alarmante nos últimos anos, exigindo uma resposta firme e coordenada das autoridades.
O coordenador-geral de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF, delegado Alessandro Barreto, destacou a importância da cooperação internacional no combate a esses crimes. “A troca de informações entre as polícias de diferentes países é fundamental para identificar e responsabilizar os envolvidos nessa rede criminosa que ultrapassa fronteiras”, afirmou.
A operação contou ainda com o apoio de outras instituições, como o Ministério Público Federal, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a SaferNet Brasil, organização não governamental que atua na promoção dos direitos humanos na internet.
A expectativa é que a “Operação Guardião” não apenas leve à responsabilização dos envolvidos, mas também contribua para a prevenção desse tipo de crime, conscientizando a sociedade sobre a importância de denunciar e combater o abuso sexual de crianças e adolescentes em todas as suas formas.
Fonte: G1 Distrito Federal