Uma estudante de Direito, de 26 anos, foi presa após ser indiciada pelos crimes de estelionato e falsa identidade pela 76ª DP (Niterói). As investigações revelaram que a suspeita, contratada como auxiliar administrativa em um escritório de advocacia, se apresentava aos clientes como advogada, mesmo sem ter concluído a graduação e sem possuir habilitação para exercer a profissão. Estima-se que ela tenha causado um prejuízo superior a R$ 150 mil às vítimas.
De acordo com a polícia, a jovem começou a trabalhar no escritório de advocacia e, aproveitando-se da confiança depositada pelos empregadores, passou a atender os clientes se passando por advogada. Ela recebia pagamentos diretamente em sua conta pessoal, sem repassar os valores para o escritório. Além disso, a suspeita induzia os clientes a acreditar que estava cuidando de seus casos, quando, na verdade, sequer havia dado andamento aos processos.
O esquema fraudulento foi descoberto quando um dos clientes procurou o escritório para obter informações sobre o andamento de seu caso e foi informado de que não havia nenhum registro em seu nome. Desconfiados, os responsáveis pelo escritório iniciaram uma apuração interna e constataram diversas irregularidades envolvendo a auxiliar administrativa.
Diante dos fatos, o caso foi registrado na 76ª DP, dando início às investigações. A equipe da delegacia realizou um minucioso trabalho de inteligência, levantando informações e identificando a suspeita. Após a conclusão do inquérito, a estudante de Direito foi indiciada pelos crimes de estelionato e falsa identidade, tendo o inquérito sido encaminhado à Justiça.
A delegacia continua em diligências para localizar a autora dos crimes e aguarda o comparecimento de novas vítimas para prestar depoimento. A polícia acredita que o número de pessoas lesadas pela estudante possa ser ainda maior, uma vez que ela atuava de forma dissimulada, aproveitando-se da credibilidade do escritório de advocacia.
O caso chocou a comunidade jurídica de Niterói e serve de alerta para a importância da verificação das credenciais dos profissionais contratados. Advogados e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ressaltam que é fundamental exigir a apresentação da carteira da OAB antes de contratar serviços advocatícios, evitando cair em golpes como esse.
A prisão da estudante de Direito por estelionato e falsa identidade evidencia a necessidade de uma postura ética e íntegra daqueles que pretendem seguir a carreira jurídica. As instituições de ensino superior devem reforçar a formação moral dos futuros profissionais do Direito, conscientizando-os sobre a responsabilidade e as consequências de seus atos.
Cabe agora à Justiça analisar o caso e determinar as medidas cabíveis contra a suspeita, que deverá responder pelos crimes cometidos. As vítimas lesadas poderão buscar a reparação dos danos causados pela estudante, tanto na esfera cível quanto na criminal.
Fonte: Errejota Notícias
