Banco do Crime: Investigação Revela Operação Milionária no RJ

Uma operação conjunta entre as forças policiais do Espírito Santo e do Rio de Janeiro desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro conhecido como ‘banco paralelo’ no Complexo da Maré, resultando na prisão de seis pessoas, incluindo membros da facção Terceiro Comando Puro e um empresário cúmplice, que operavam contas clandestinas e extorquiam empresas locais.

Um esquema criminoso apelidado de ‘banco do crime’ no Complexo da Maré revelou uma operação milionária envolvendo extorsão de empresários. Presos movimentaram mais de R$ 40 milhões através de um sistema financeiro paralelo. A operação ‘Conexão Perdida’, deflagrada pela Polícia Civil, trouxe à tona as complexidades desse mecanismo ilegal.

Esquema do Banco Paralelo

O esquema do banco paralelo no Complexo da Maré funcionava como uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro, essencial para a manutenção das atividades ilícitas da facção Terceiro Comando Puro (TCP). A operação policial revelou que os líderes do TCP utilizavam essa estrutura para processar o capital gerado pela extorsão de empresários e pelo tráfico de drogas. Esse ‘banco’ operava como uma instituição financeira clandestina, permitindo a entrada e saída de grandes quantias sem ativar alarmes regulatórios tradicionais.

Investigações apontaram que o funcionamento desse banco paralelo contava com a conivência de atores do ramo empresarial local, que, além de pagar taxas mensais à facção para atuar nas áreas controladas, aproveitavam a estrutura para dificultar a concorrência. Essa prática era mais evidente no setor de tecnologia, onde empresas beneficiadas pelo esquema sabotavam a infraestrutura de comunicação dos concorrentes.

Além disso, os agentes descobriam que o dinheiro surrupiado era dissimulado em contas de estabelecimentos como lotéricas, o que dificultava o rastreamento dos valores. No auge de seu funcionamento, o ‘banco do crime’ chegou a movimentar a impressionante soma de R$ 43 milhões em menos de um ano.

A complexidade e a eficiência dessa rede paralela demonstram a gravidade e a organização dos crimes financeiros perpetrados na Maré, salientando a importância das operações policiais em desmantelar tais esquemas.

Detalhes da Operação Policial

A operação policial denominada “Conexão Perdida” foi uma ação articulada entre as forças de segurança do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, com o objetivo de desmantelar a estrutura criminosa do Terceiro Comando Puro (TCP). Esta facção gerenciava um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

Durante a operação, mais de 60 policiais do Espírito Santo e cerca de 250 do Rio de Janeiro, incluindo 200 do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), participaram das ações. O apoio logístico contou com a utilização de veículos blindados e aeronaves, além da colaboração de várias unidades especializadas, como a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e o Departamento de Investigações Criminais (Deic).

Os resultados foram significativos: seis pessoas foram presas, incluindo membros importantes da facção e colaboradores do esquema de extorsão. Entre os presos estava um empresário do Espírito Santo que havia integrado o TCP, colaborando para a sabotagem de empresas concorrentes. Ele agia conivente com a facção, ignorando questões éticas e legais para obter vantagens comerciais.

Com esta operação, autoridades esperam desarticular a logística financeira que suportava a facção, reduzindo a influência do TCP nas comunidades afetadas. A iniciativa destaca a necessidade de intervenções vigorosas e coordenadas para combater o crime organizado e suas ramificações em diferentes locais.

FAQ – Banco do Crime e Operação Policial

O que é o ‘banco paralelo’ mencionado na operação?

O ‘banco paralelo’ era uma rede de lavagem de dinheiro usada pelo TCP, funcionando como uma instituição financeira clandestina no Complexo da Maré.

Como o esquema afetava empresas locais?

O esquema permitia que empresas pagassem tarifas à facção para operar nas áreas controladas, e algumas até sabiam e danificavam concorrentes.

Qual foi o principal alvo da operação ‘Conexão Perdida’?

O alvo principal foi a desarticulação da estrutura financeira da facção Terceiro Comando Puro, que operava no Complexo da Maré.

Quantos policiais participaram da operação?

Participaram mais de 60 policiais do Espírito Santo e 250 do Rio de Janeiro, incluindo 200 do BOPE.

Quais recursos foram utilizados na operação policial?

Foram usados veículos blindados, helicópteros e a colaboração de várias unidades especializadas como o Core e o Deic.

Quais foram os resultados preliminares da operação?

Seis pessoas foram presas, entre elas membros importantes do TCP e um empresário colaborador do esquema de extorsão.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/rj/banco-do-crime-presos-movimentaram-mais-de-r-40-milhoes-na-mare-rj/

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