A Polícia Federal indiciou os senadores Romero Jucá, Renan Calheiros e Eduardo Braga, todos do MDB, por corrupção e recebimento de propina para favorecer os interesses da farmacêutica Hypermarcas no Senado. Segundo o relatório final do inquérito, os três políticos teriam recebido um total de R$ 20 milhões da empresa em troca de benefícios na tramitação de um projeto sobre incentivos fiscais.
A investigação, que começou em 2018 como um desdobramento da Lava Jato, também aponta que Renan Calheiros teria indicado um nome à diretoria da Anvisa para atender aos interesses da Hypermarcas. O caso tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal, sob relatoria do ministro Edson Fachin.
As defesas dos senadores negam as acusações. Jucá afirma que colaborou com as investigações e que as doações de campanha foram legítimas. Braga classifica o indiciamento como “ilações esdrúxulas” e acredita no arquivamento do inquérito. Renan Calheiros não se manifestou.
O indiciamento será analisado pela Procuradoria-Geral da República, que pode apresentar denúncia ao STF ou pedir o arquivamento do caso. Se a denúncia for aceita, os políticos se tornarão réus no inquérito. Como Renan e Braga ainda têm mandato, o processo continuará no STF, enquanto a parte referente a Jucá, que não é mais senador, deve ser enviada à primeira instância.
Fonte: G1 – Política