Escândalo na PM: Policial preso por morte de advogado negociava compra de pistolas

Uma nova reviravolta surge no caso do assassinato do advogado Rodrigo das Neves Fraga, morto a tiros em fevereiro deste ano. Segundo as alegações finais do Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio, o policial militar Leandro Machado da Silva, conhecido como “Cara de Pedra”, preso por envolvimento no crime, negociou a compra de pistolas antes do homicídio.

As investigações revelaram uma intrincada rede de conexões entre os suspeitos. A quebra de sigilo telefônico mostrou que Cezar Daniel Mondego, outro envolvido no caso, tinha o número de celular de Machado salvo em seu aparelho. Além disso, uma foto de Eduardo Sobreira e Cezar Daniel Mondego juntos aparece no relatório da Polícia Civil.

Machado foi preso por ter alugado os carros utilizados no crime em uma locadora de veículos na Zona Oeste, usando um “laranja” para assinar os documentos de locação. A Delegacia de Homicídios da Capital aponta que vários veículos já foram alugados em nome dessa pessoa.

As alegações do Ministério Público também indicam que Machado, Mondego e Sobreira se encontraram no 15º BPM (Duque de Caxias), onde serviam Machado e Rafael Dutra, conhecido como “Sem Alma”, antes deste último ser expulso da Polícia Militar.

Em uma conversa interceptada pela polícia, Dutra afirma que “aquela parada” que Machado tinha pedido chegou, referindo-se a pistolas no valor de R$ 700 cada. O comprovante do pagamento foi enviado por Machado para Dutra. Segundo as investigações, a arma teria como destinatário José Paulino da Silva Neto, que tem diversas passagens na polícia por crimes como associação criminosa, estelionato, extorsão, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, receptação e roubo.

Esse caso chocante expõe a infiltração do crime organizado dentro da própria polícia, levantando sérias questões sobre a segurança pública no Rio de Janeiro. A população exige uma investigação rigorosa e a punição exemplar dos culpados, para que a justiça seja feita e a confiança nas instituições seja restaurada.

Fonte: G1 – Globo.com

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