A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido da 99 Tecnologia para suspender penalidades da prefeitura relacionadas ao serviço de mototáxi 99Moto, que foi interrompido após a apreensão de 143 motocicletas. A prefeitura argumentou sua autoridade para legislar localmente, citando preocupações com a segurança pública, enquanto a 99 enfrenta uma ação civil pública por danos coletivos e continua a oferecer suporte financeiro aos afetados, defendendo a legalidade de suas operações.
A disputa entre a 99 e a prefeitura de São Paulo sobre o serviço mototáxi está agitando a capital paulista. A justiça local negou mais um pedido da 99 Tecnologia, reforçando as punições pelo serviço 99Moto. A prefeitura já apreendeu centenas de motos, e a batalha legal continua intensa.
Decisão Judicial Contra a 99
A decisão judicial contra a 99 Tecnologia se destacou como um marco na disputa entre a empresa e a prefeitura de São Paulo. O desembargador Eduardo Gouvêa da 7ª Câmara de Direito Público negou o pedido da 99 para suspendê-las penalidades impostas devido ao serviço de mototáxi 99Moto. Apesar dos argumentos da empresa baseados na Política Nacional de Mobilidade Urbana e na suposta inconstitucionalidade das restrições municipais, a Justiça não se convenceu.
O magistrado destacou que os municípios possuem competência para legislar sobre assuntos de interesse local, ratificando a autoridade da prefeitura para regular a atividade.
Essa decisão aumentou a tensão entre a 99 e a administração municipal, que não mediu esforços para reafirmar sua posição. A prefeitura argumentou que as ações visam proteger a população e regulamentar de forma eficaz o uso de motocicletas para transporte remunerado.
Assim, mesmo com a negativa inicial à liminar da 1ª Instância, a Justiça sustentou que a proibição local não viola a legislação federal, ressaltando a importância de regras específicas para cada cidade.
Impacto nas Operações da 99Moto
O impacto da decisão judicial e das ações da prefeitura foi profundo nas operações da 99Moto em São Paulo. Desde que o serviço teve início apenas no Centro expandido da capital, a prefeitura adotou uma postura firme, resultando na apreensão de 143 motocicletas. Para enfrentar esse cenário, a 99 anunciou que daria apoio financeiro aos motociclistas e passageiros afetados pelas apreensões, tentando minimizar os efeitos das ações municipais.
Além das apreensões, a empresa também enfrenta uma ação civil pública da Procuradoria-Geral do Município (PGM), que busca uma multa diária de R$ 1 milhão. A prefeitura justifica tais medidas como necessárias para garantir a segurança da população e enfoca que as intervenções buscam punir a empresa, sem prejudicar motociclistas que operam dentro da legalidade.
A 99 Moto defende a continuidade das suas operações, argumentando que a atividade é respaldada por legislação federal e destaca a responsabilidade do município em regulamentar, e não proibir, tal serviço. As restrições impostas têm pressionado a 99 a buscar soluções jurídicas para assegurar a legalidade da categoria e proteger os interesses dos seus usuários e pilotos em São Paulo.
FAQ – Perguntas Frequentes sobre Mototáxi em São Paulo
O que motivou a Justiça a negar o pedido da 99?
A Justiça considerou que os municípios têm competência para legislar sobre assuntos de interesse local, sustentando a autoridade da prefeitura sobre o serviço de mototáxi.
Quantas motocicletas foram apreendidas desde o início do serviço da 99Moto?
Desde o início do serviço, 143 motocicletas foram apreendidas pela prefeitura de São Paulo.
Como a 99 está apoiando motociclistas afetados pelas apreensões?
A 99 está oferecendo suporte financeiro aos motociclistas e passageiros para cobrir os custos associados às apreensões.
Qual é a posição da prefeitura de São Paulo sobre o serviço de mototáxi da 99?
A prefeitura busca regulamentar o serviço por questões de segurança, punindo a empresa sem prejudicar os motociclistas que atuam dentro da legalidade.
O serviço de mototáxi é permitido por lei federal?
Sim, a 99 argumenta que o serviço de mototáxi é permitido por legislação federal, cabendo ao município regulamentar sua operação.
Quais são as consequências para a 99 diante das ações municipais?
A empresa enfrenta apreensões das motos e uma ação civil pública que pode resultar em multa de R$ 1 milhão por danos morais coletivos.